No interior de Portugal. Perto da maior serra deste país as hortas antes cultivadas vão sendo abandonadas. A vida flui com a cadência do vento que percorre as montanhas. O tempo parece suspenso entre o tilintar da loiça do gado e as mãos calejadas dos poucos que ainda trabalham a terra. É um lugar onde a solidão encontra companhia nas memórias partilhadas. Nestes vales, cada pedra guarda histórias e sonhos. Vivem seres que resistem, entre o passado e o presente, talhados na pedra. Ainda há força para plantar novas raízes. A terra, paciente, espera por aqueles que ousam acreditar que há sempre uma primavera a chegar.