ATIVIDADES PARALELAS 2024
CONCERTO
Concerto “MÚSICAS DO CINEMA PORTUGUÊS” Túlio Augusto e Maria Isabel Mendonça apresentam concerto com obras musicais que marcaram época no cinema português. Maria Isabel tem colaborado com diversas estruturas artísticas, como criadora e intérprete nas áreas da música e do teatro. Criou e dirigiu diversos espetáculos culturais. Encontra na música de tradição oral uma fonte de inspiração constante para o desenvolvimento das suas colaborações artísticas. Túlio Augusto tem participado ativamente nos âmbitos da música erudita e popular, tendo o seu trabalho sido apresentado em diversos países. A sua abordagem autoral utiliza sobretudo elementos da música de matriz popular e música brasileira, além de texto e poesia como intertextos de inspiração e estruturação musical. O concerto conta com a participação de convidados especiais. |
CINECONCERTO
Sessão de abertura CINECONCERTO “A PEDRA SONHA DAR FLOR” O cineconcerto A Pedra Sonha Dar Flor, do realizador Rodrigo Areias e do compositor Dada Garbeck (alter-ego do compositor e músico Rui Souza) é uma obra audiovisual que readapta o universo literário do jornalista e escritor Raul Brandão. Trailer: A Pedra Sonha Dar Flor |
SESSÕES ESPECIAIS
Sessão especial ECOS DA MONTANHA E DA PLANÍCIE NUMA SESSÃO CLÁSSICA DUPLA O CineEco mantém uma relação de memória com o cinema português através da programação de clássicos. Nesta edição, o festival vai exibir, em dupla sessão, dois filmes recentemente digitalizados pela Cinemateca Portuguesa – “Trás-os-Montes” e “Cerromaior”. |
13 OUT | 16h TRÁS-OS-MONTES Durante 70 dias úteis, em três fases, a partir de setembro de 1974, António Reis e Margarida Martins Cordeiro filmaram “Trás-os-Montes”, uma longa-metragem a cores e 16mm. Foi necessário um percurso de dez mil quilómetros e gastaram-se dez meses na respetiva montagem. A interpretação pertence aos habitantes dos perímetros de Bragança e Miranda do Douro. A sessão contará com a presença do Doutor Sérgio Dias Branco, Professor Associado de Estudos Fílmicos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, para o debate final. Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema. |
17 OUT | 16h CERROMAIOR Após uma tentativa frustrada de evasão, um adolescente é reconduzido ao abúlico seio da família, dominante numa povoação alentejana onde a tradicional exploração dos trabalhadores agrícolas é, nesses anos de 1930, em que escassos ecos de liberdade chegam, pela rádio, da Guerra Civil espanhola, representada por um primo arrogante e prepotente, símbolo e esteio do poder fascista que se consolida. O percurso do jovem afirmar-se-á entre sombras e fantasmas, conformismo e preconceito, demência e suicídio, raiva e confrontação – assinalando o seu contacto com outros que se sacrificam, adiam ou não vergam –, até um encontro consigo mesmo e a esperança de novos horizontes. A sessão contará com a presença do realizador Luís Filipe Rocha. Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU. |
Sessão especial SILVESTRES Em “Silvestres” embarcamos numa viagem à criação de um prado de flores silvestres no coração da cidade de Oeiras, com a finalidade de combater o declínio de polinizadores, na Quinta de um dos mais controversos ministros da história de Portugal: Marquês de Pombal. A sessão contará com a presença dos realizadores para conversa final. Trailer: Silvestres |
Sessão especial encerramento ENERGIA NUCLEAR JÁ! Com um acesso sem precedentes às indústrias nucleares de países como a França, a Rússia e os Estados Unidos, o icónico realizador Oliver Stone explora as possibilidades de a comunidade global conseguir superar os desafios das alterações climáticas e alcançar um futuro mais promissor através do poder da energia nuclear – uma opção que pode vir a tornar-se numa maneira vital de garantir a nossa sobrevivência mais cedo do que pensávamos. Trailer: Energia Nuclear Já! |
EXPOSIÇÕES
Exposição EXPOSIÇÃO “VIDEOARTE” Dos muitos filmes conceptuais que todos os anos chegam a concurso, é criada nesta edição uma mostra de filmes que, pela sua envergadura mais poética e dinâmica de projeção em repeat, transpõem a linha meramente cinematográfica e apresentam-se em formato de galeria. Estes são apontamentos de videoarte, que, ao juntarem imagem em movimento e artes plásticas, propiciam uma forma diferente de exercitar o olhar, porque se tem a ferramenta do loop à disposição.
» Das feine Zirpen einer Dunkelziffer (Silent chirping of invisible Digits). Vera Sebert. Áustria. Animação, Experimental. 2023. 10'11'' Como um único frame de um filme, insetos surgem durante uma fração de segundo, para imediatamente desaparecerem novamente do campo de visão. Por entre os fragmentos cintilantes dos seus corpos, o filme mostra vazios indefiníveis. O que pode ser visto quando desaparecem os filtros habituais da visão e as narrativas a eles associados?
» Dispnea Paolo Bandinu, Alemanha. Animação. Experimental. 2024. 4'17'' Através de uma sucessão de imagens frenéticas, o vídeo transmite um estado de angústia e ansiedade perante um futuro incerto. Imagens de anomalias gravitacionais e catástrofes naturais tais como cheias, inundações e ondas gigantescas recorrentes, alternam com multidões descontroladas numa corrida contra o tempo. Por vezes, a fuga desenfreada quase se transforma numa dança ou numa luta que, no entanto, não permite fugir-se a um destino inevitável. Utilizando uma linguagem não-narrativa, o fluxo de imagens tenta evocar impressões caóticas e perturbadoras, num estado de apneia sufocante, uma metáfora para um sentimento comum de incerteza e angústia em que vivemos o nosso tempo. Trailer: Dispnea
» Gone Soul. João Estrada. Portugal. Vídeo-Música. 2023. 4'57'' Uma Mulher regressa a um templo antigo, assombrada por encarnações vivas das suas próprias memórias, umas mais conscientes do que outras. Todas elas, passadas e presentes, unem-se num cântico acerca do que outrora tiveram e agora perderam.
» Great Sale Wood. Michaela Davis. Reino Unido. Animação, Documentário, Experimental. 2024. 2'02'' Uma curta-metragem de animação, produzida através o processo sustentável da cianotipia, inclui mais de 2800 fotogramas impressos manualmente. Filmado perto de um lago em Londres, o filme explora temas ecológicos e a crise climática. Um estudo de beleza interligada na natureza, o filme tem uma banda sonora que inclui gravações de áudio do lago manipuladas digitalmente.
» My Earth. Kim Jae Joon. República da Coreia. Animação, Experimental. 2024. 3'49 Era uma vez no universo uma forma alternativa de vida que se formou e nasceu uma nova vida.
» Odociaba, Clara Campos, Bianca Bomfim, Brasil, Experimental, 2023, 3'30'' Odociaba é uma experiência sensorial e espiritual que procura despertar emoções, reflexões e ligações entre a humanidade e o significado das águas. Mediante uma aproximação poética, o filme leva-nos a uma viagem transcendental através dos elementos primordiais da vida: água e alma.
» Sueño finlandés y paranoico (Finnish and paranoid dream), Jimena Aguilar , Argentina, Ficção, Animação Experimental, 2024, 7' Como falar-se sobre o futuro quando parece não haver futuro? Talvez tudo tenha explodido e apenas permaneça uma voz repleta de imagens que fluem. O que é tudo isto? O futuro? Um prólogo do futuro? Trailer: Sueño finlandés y paranoico
» Trees on Sand, Minhyeong Kil, República da Coreia, Experimental, 2024, 5'52'' O contorno da luz que penetra pelas árvores e a textura da areia que passa através delas.
» War on humans. Cristian Tapies. Chile. Animação, Experimental. 2023. 5'16'' Júpiter e Saturno viajam num alinhamento nunca visto em quatrocentos anos. O presidente do Chile declara guerra a um inimigo poderoso e a pandemia de covid-19 ceifa milhares de vidas humanas, saturando o sistema a uma escala global. Estalam revoltas populares nas ruas em todo o mundo e a repressão aumenta. Nesta moral de senhores e escravos, estamos a travar uma guerra suicida contra a natureza, que irreversivelmente se voltará contra nós.
Exposição EXPOSIÇÃO “O ESTADO DA ÁGUA” O Estado da Água apresenta seis propostas artísticas, desenvolvidas na aldeia do Sabugueiro e no território circundante da serra da Estrela, no contexto de um programa de residências artísticas realizadas com apoio financeiro da DGArtes. O foco do projeto é a interpretação da presença da água na paisagem a partir de abordagens que exprimem a diversidade das visões artísticas. Eunice Artur propõe um mergulho através da notação gráfica e da exploração e composição sonora. Uma viagem a partir de sons submersos e inaudíveis ao ser humano; Iana Ferreira percorre as zonas de água na zona do Sabugueiro através de fotografias e vídeo em torno das texturas e vivências aquáticas; Inês Teles inspira-se no comportamento escultórico da larva Annitella amelia, com a população da serra da Estrela como a única conhecida no território português, para produzir o seu trabalho; Joana Patrão usa o vídeo para focar as transformações da água: desde o fluxo à neve, do nevoeiro à chuva; Jorge Leal revela o rio Alva entre o Sabugueiro e Sandomil, a partir das libelinhas e libélulas que o habitam, recorrendo ao desenho e à escultura; Thierry Ferreira aborda o tema da água sob a perspetiva do património construído, explorando a sua relação com a água através da escultura, desenho, fotografia e vídeo.
Exposição EXPOSIÇÃO “PLASTIC BITCH” Plastic Bitch é o espelho da situação atual – consumismo desenfreado, poluição extrema, esgotamento de recursos naturais, produção exacerbada de lixo – o espelho incómodo onde vemos refletido aquilo em que, enquanto sociedade, nos transformamos: plastic bitches.
Exposição INSTALAÇÕES ARTÍSTICAS “LINE” A artista tem vindo a desenvolver, ao longo dos anos, um crescente interesse pela ideia de utilizar materiais de desperdício, que são dispensados ou que perdem a sua utilidade original, como matéria-prima principal. Clo Bourgard tem a oportunidade de agregar ao seu trabalho artístico elementos das diferentes áreas de ação, nomeadamente em instalações artísticas feitas com materiais totalmente reciclados de forma a sensibilizar para a ecologia e consequentemente economia circular. Todos os trabalhos realizados para o CineEco 2024 apelam para a sustentabilidade. O projeto "Line" envolve três instalações artísticas: White Line, uma ode à terra em forma de montanha; Green Line, Instalação de interação com a comunidade; Mountain Line, construída com recursos naturais recolhidos no local que estará patente no festival Cineeco.
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APRESENTAÇÕES
Apresentação APRESENTAÇÃO DE LIVRO “MEMÓRIAS” Amândio Silva nasceu em Lisboa, mas a sua forte ligação a Seia e ao CineEco sempre foi marcada pela sua presença assídua no festival ao longo de vários anos. |
Apresentação APRESENTAÇÃO DO LIVRO “UM OLHAR PORTUGUÊS: Cinema e Natureza no Século XXI” “De que forma o cinema nacional contemporâneo representa a natureza? Que motivos do mundo natural animam os filmes portugueses estreados a partir do ano 2000? Que forças narrativas, conceptuais e estéticas o nosso cinema recente encontra nesta manifestação independente, contínua e simultânea de vida, isto é, dos seus fenômenos e seres físicos?” Estas foram as questões que motivaram Filipa Rosário e José Duarte a organizar o livro “Um Olhar Português - cinema e natureza no século XXI”, que apresenta um olhar panorâmico sobre mais de quarenta filmes realizados por cineastas portugueses no século XXI, propondo, desta forma, um mapeamento do cinema português muito recente feito à luz da ideia de natureza (física) enquanto função da cultura. » Filipa Rosário irá marcar presença no CineEco para apresentar o livro, no dia 15 de outubro, às 17h, na Biblioteca Municipal de Seia. |
ENCONTROS E CONVERSAS
Networking ENCONTROS DO MERCADO Manhã (10h): Auditório da Casa da Cultura de Seia O Cineeco formulou um convite às escolas superiores de cinema e audiovisual do país a terem os seus alunos/as presentes nesta iniciativa de um dia, que se traduz num espaço de encontro e networking entre estudantes e players do mercado cinematográfico português. Estes jovens terão a oportunidade de realizar um pitch de um projeto (longa ou curta-metragem, série, etc.) e/ou apresentar uma curta-metragem já realizada, ligada à temática ambiental – seja ela o objeto central ou tangencial –, de modo a receber o feedback de profissionais experientes da área. Com uma postura primordialmente pedagógica e formativa, a ideia destes Encontros do Mercado é proporcionar experiências profissionais a estes estudantes que lhes garantam competências acrescidas para o seu futuro no mundo do trabalho. Já os players (produtores, produtores executivos, exibidores, distribuidores, etc.) são convidados a dar conselhos aos estudantes com o objetivo focado na criação de oportunidades de trabalho e/ou financiamento dos seus projetos e, ao mesmo tempo, é-lhes dada a oportunidade de olhar para o trabalho de valores criativos emergentes. |
Conversas CONVERSAS NO JARDIM Pelo segundo ano e depois do sucesso da edição passada, as Conversas sobre cinema ambiental regressam nos finais de tarde ao Jardim da Biblioteca Municipal de Seia. Realizadores, produtores, técnicos, atores, professores, programadores e jurados são convidados a falar sobre a sua experiência e/ou visão de cinema, e de que forma o valor artístico e cinematográfico tem impacto na consciencialização para a causa ambiental. O público é parte fundamental desta interação e é sempre bem-vindo a colocar questões ligadas ao festival, ao cinema e ao ambiente. |